O vermelho é altamente impactante. Por si só representa vida, morte, sangue, sedução, excitação, amor, paixão, pecado, luxúria, tenacidade, energia e etc.
A interpretação dependerá do contexto, em que ele é utilizado. A maçã por si tem design simples e arrojada, elegante, curvas perfeitas, e tem a cor vermelha intensa em destaque. Tem um sabor refrescante. É macia por dentro e crocante por fora. Sempre imaginamos boca com dentes brancos a mordendo.
e ela está numa mão, como na imagem acima, cabe e se encaixa perfeitamente com um objeto de luxo, uma arma feminina, não como uma granada sem o pino, pronta para explodir mais como um objeto reluzente, atraente...
...atraente como o canto da sereia. Suga nossa atenção para um ponto específico, para a maçã.
Escolhida para representar pecado, aqui, quando aparece “mordida” já que a modelo, não demonstra nenhuma expressão que a comeu.
Eva a cobiçava ou a cobiçou e foi atraída talvez pela sua cor escarlate. Pelo que mais a esperava desejava em seu âmago.
A arte acima é representada pelo fundo e composição em branco. Eva aqui é representado por mulher ainda criança ou a representação da inocência de Eva como uma criança. A malícia de uma criança não pecaminosa “ainda”.
O adulto está em suas roupas, extensas, largas e cabelos “peruca” exageradamente grande, nos remete a ao século 18 e aristocracia e poder da época. A peruca foi muito utilizada pela aristocracia como símbolo de status, assim como diamantes, roupas e tênis diferentes hoje. Algumas moças solicitavam a serem enterradas com suas perucas super caras, caso morressem antes do marido. Tal era o apego ao adereço.
O vermelho, está presente em seus lábios e na maçã (resquício do batom ou vermelho do pecado, que se instalou após a mordida!?)
A expressão da garota é como uma paisagem plana. Como se estivéssemos a olhar um prado. Assim como o pecado nem sempre vem, definido, detalhado, escrachado a graciosidade dela toda remete apenas um ponto, a maçã.
O que mal, as vezes vem escondido, disfarçado, camuflado por algo mais brilhante, mais belo, mais sofisticado. As vezes muito bem disfarçado pela inocência do “eu não sabia “pois sabemos que as vezes, sabemos que sabemos o que queremos.
Uma cortina estendida, que nós abrimos e fechamos quando bem entendemos, só pra dizer após “eu não sabia”.
Existe este inconsciente ou a voz de Deus que, em meio a caos ou a alegria nos intui a escolher algo grandioso para o bem ou um alerta para o mal.
Daí façamos a escolha. Não como aquelas “eu como sanduíche ou pizza” ou qual camisa comprar. Mas aquelas “eu pago o que devo ou saio à noite? Eu ligo peco perdão a meus pais ou deixo tudo como está.
Dentro de cada existe certa percepção sensorial. Definimos o que é divino, sublime e encantador em um piscar de olhos. Assim também o que é mal.
O vermelho que pode vir com o crepúsculo ou com sangue derramado no ringue, na luta ou em um nariz arrebentado, representa-nos a vida que corre em nossas veias. É fogo das chamas e labaredas que queima, em uma fogueira, numa floresta fria e escura no inverno e aquece o guerreiro perdido.
Então não mordamos a maçã envenenada. Ou que não tenhamos a indigestão do pecado, amargo como fel e seco como areia.
Uma maçã mordida não está inteira, como também não é uma vida completa, sem Deus ou se estamos no pecado.
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