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Foto do escritorElyseu Paulo Rodrigues

O Capitão, destino e a efervescência

Quando criança, eu e meu primo, me chamou para cabular aula, eu tinha apenas 6 anos. Eu só sentia que era errado, pois não sabia discernir o peso dessa decisão, mas sentia que era errado. Mas também havia aquela sensação de aventura, de êxtase, do novo e de conhecer o desconhecido...



O mundo e repleto de dualidades. Claro e escuro. Doce e amargo. Direita e esquerda. Alto e baixo. Quente e frio. Alegria e tristeza. Amor e ódio e por aí vai... pois transgredimos no pecado - Adão e Eva - e assim somos. Como crianças erramos e como adultos colhemos ou não as consequências.

Essas decisões são tomadas por toda a vida, colhemos os benefícios, bônus e ônus. Sempre que pensamos em sábios, imaginamos em velhos com suas barbas longas e brancas. Pois a experiência e que traz realmente a sabedoria.

Deus nos fez perfeitos, mas transgredimos e por isso a dor e aflição nos corrói quando erramos, quando sabemos que erramos. Mas acontece muitas vezes de não sabermos quando erramos. Descobrimos esse erro somente após muitos anos ou tempos depois.

A palavra Aventura, do latim "ad venture", significa literalmente o que vem pela frente. Participar de uma atividade de aventura significa estar preparado para o que vier. Temos então esse desejo pelo novo, pela descoberta, pela surpresa. Esse desfecho pode ser agradabilíssimo ou não. Mas mantemos essa chama por uma nova experiência acesa e escolhemos.

Temos essa força dentro de nós, uma vontade alarmante, vinda de Deus e dada por Deus. Essa comunicação mais simplista e instintiva, que Deus nos mostra e quer que façamos. O inconsciente, o lampejo, a força motriz... que muitas das vezes não sabemos bem de onde vem.



Deus não nos deixa sem respostas, sem caminho ou sem rumo. Uma luz no fim do túnel, uma vela e uma chama que brilha ao longe. Essa chama aquece e envolve e ilumina.

E sempre mais fácil buscar inspiração e resposta dentro, em Deus, no que nos torna quem somos, ou seja, nossa comunicação com Deus que no exterior.

A resposta vem, como se fossemos o capitão de um navio, e quanto mais fé e mais próximo de Deus mais rápido essa resposta ou ao menos mais a calmaria acontece, o mar se torna fácil para a navegação. A bussola aponta para o norte, e as velas inflam com o vento e as ondas ficam menores.

O porto que nos espera, a vista alcança águas azuis e claras, sol, vento e gaivotas. Montanhas e rochas vulcânicas ao longe, casas com pinturas brancas e já descascadas, com musgos nas paredes e janelas de vidro refletindo o balanço do mar revolto.

Som das ondas que arrebentam nas rochas do mar, e algumas vozes de pescadores chegando das madrugadas, com barcos cheios de peixes e cheiro de corda e sal molhados.

Redes enroladas em alguns peixes e gaivotas pousando no leme.



Poucas coisas na vida são tão calmas e boas para ver e viver que a calmaria refletida pela natureza. Pois esta parece sempre nos lembra e mostrar como tudo funciona em sintonia e harmonia.

Fazer a escolha pelo que é duradouro é sempre mais sábio que escolher apenas pelo prazer momentâneo.

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