A ideia singular resplandeceu discretamente como um raio que atravessava a vidraça. O bater de asas lá fora, soprava leve vento como um ar quente dos anjos. A luz que iluminava era dialetalmente ofuscante e inebriante.
O vestido que tocava a pele e esvoaça sob o arvoredo e ventos fortes. O grunhir do pássaro rouco ainda pelo amanhã, entrava de forma suave. Trazia à lembrança da sua infância, de um velho amigo pulando numa poça d’agua quando criança enquanto as últimas gotas caiam, após uma chuva torrencial. O pardal que estava pousado sobre o galho, bateu asas e foi se assentar suavemente para bebe uma gota da água, da abençoada da chuva.
O tempo úmido e refrescante, de uma tarde de verão. Trazia consigo um ar puro, límpido e claro. O riso e escancarado dela – na infância - se sobressaia em meio imensidão de garotos e de seu amigo.
Agora com a pele molhada e fria, ela sente a plenitude de Deus. O mundo é pequeno, molhado e fresco lá fora. A vida e intensa, mas devagar como o andar de uma lagarta e o passo e o caminhar de um caracol.
Ela olhava os raios e a luz amarelada, como gema, como lápis que perdeu na terceira série. O olhar da criança vivido e sagaz...
Mas hoje, não importava... teus pensamentos a levavam ontem quando estava no trabalho - será que deixei o e-mail aberto? A Debora disse que o Rafael não era confiável.
Ouviu passos atrás de si – Teu irmão disse que virá no próximo final de semana e trará sua velha bota de cavalgar. - oh sim, acredito que se lembrará dessa vez, adoro aquela bota e só a esqueci por culpa dele, que me apressou na volta para pegar o trem...
Ela se viu correndo em meio a av. Congestionada e barulhenta e teu irmão do outro lado dizendo para correr mais rápido,,,
Continua...
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