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Foto do escritorElyseu Paulo Rodrigues

Ataque ao Capitão Matmor



Ouviu a bala raspar na sua orelha, atravessar a madeira, fazendo voar lascas atrás de si, e viu fagulhas, amarelo, vermelho e azul num turbilhão de cores e cheiro de pólvora.

- Manteve se firme enquanto apertava o gatilho de sua escopeta, e acertava um, dois, três marujos do outro navio.

- Avante! Seu molengas, subam a vela, encham os canhões. O céu ficará cinza hoje, com a fumaça de nossos canhões, mas não afundaremos para esses, malditos.

- Capitão - gritou o sargento primeiro mor - podemos invadir a proa, através do proa esquerda, os ganchos e cordas já foram lançados.

- Sim! Mas antes temos que trazer o navio deles para mais próximo de nós. Puxem seus cachorros, ou não vetam o raiar de um novo dia.


- O Navalha era conhecido nos mares como rápido e veloz. Mas seu nome se daba mesmo por sua forma e como era rápido águas profundas!

- Capitão Matmor, como era conhecido tinha uma cicatriz na orelha, onde passará uma bala.


- Seu olhar reto é bravio demonstrava a retidão de seus pensamentos. Apesar da sua postura ereta, as vezes se passava por educado e gentil. Mas todos o respeitavam, diante da sua presença. Sua mulher Sara, sempre dizia - sua voz é como um trovão.


Por um sengundo le relembrou de uma passagem bíblica: Mil cairão à esquerda e 10 mil a tua direita”

- Ouvira isso de um velho, dono de uma adega, quando foi comprar chocolate para sua mulher - Sara merecer algum mimo afinal, uma especiaria. E não esquecerá mais, dela.


- Ouviu um bala ricochetear na Nau do navio. Levantou os olhos viu várias cordas esticadas, puxando o outro navio para perto de sí. Era como se as chamas do outro o sugassem para dentro. Apertou com força o gatilho, a bala atravessou o crânio de um marujo, e saiu do outro lado. Viu o sangue jorrar atrás de sua cabeça.

- Vermelho com rubi, brilhando com a pólvora que saia da arma de seu companheiro.

- Ele levantou a espada e gritou- Avancem!! Até o último canalha.. Madeira contra madeira, o navio balançou como um pêndulo, ele se segurou no armário ao seu lado. Subiu correndo a escada, desviou de um golpe de espada, levantou sua arma e atirou no peito de um invasor. Pulou em cima do parapeito, firmou os joelhos, com impulso pulou, agarrou-se em uma corda, balançou-se para frente caiu no chão do navio pirata. Rolou para à esquerda tirou sua espada, com a mão esquerda e com à direita segurava a escopeta e atirava, como quando criança atirava em pássaros… fumaça, sangue, explosões e cheiro de pólvora, suor e sal - ainda faltam 999 pensou...


- >>> continuará

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